Gadget já estaria em produção e teria tecnologia para efetuar pagamentos, a "Slide to Unleash (your money)".
Enquanto muitos fãs afoitos se aglomeram, alguns se aglutinam e outros tantos se amontoam nas portas das Apple Stores para comprar o iPad Mini, rumores indicam que a Apple estaria trabalhando na terceira versão do dispositivo.
“Sempre que um gadget é lançado, os engenheiros já estão trabalhando duas versões à frente”, disse ao blog nosso informante. “Os consumidores sabem disso, mas eles não aguentam esperar, pois quem espera não é cool”, explica.
O iPad mini 3 deverá ser lançado no fim de 2013, terá as mesmas dimensões de um cartão de crédito e poderá fazer pagamentos.
“Será incrível! Você poderá levar seu iPad na carteira e estamos preparando novas tecnologias e apps para que você possa inserir o dispositivo em leitores de cartões e efetuar pagamentos com ele. Estamos decretando o fim do dinheiro e daquele monte de cartões. Agora você poderá concentrar todos eles no iPad Mini 3”.
iPad Mini será reduzido até ficar com as dimensões de um cartão de crédito. Não será mais necessário levar cartões de plástico na carteira, dizem os especialistas.
Da série: textos que todas as pessoas deveriam ler.
O Gigolô das Palavras Luis Fernando Veríssimo
“Quatro ou cinco grupos diferentes de alunos do Farroupilha estiveram lá em casa numa mesma missão, designada por seu professor de Português: saber se eu considerava o estudo da Gramática indispensável para aprender e usar a nossa ou qualquer outra língua. Cada grupo portava seu gravador cassete, certamente o instrumento vital da pedagogia moderna, e andava arrecadando opiniões. Suspeitei de saída que o tal professor lia esta coluna, se descabelava diariamente com suas afrontas às leis da língua, e aproveitava aquela oportunidade para me desmascarar. Já estava até preparando, às pressas, minha defesa (“Culpa da revisão! Culpa da revisão !”). Mas os alunos desfizeram o equívoco antes que ele se criasse. Eles mesmos tinham escolhido os nomes a serem entrevistados. Vocês têm certeza que não pegaram o Veríssimo errado? Não. Então vamos em frente.
Respondi que a linguagem, qualquer linguagem, é um meio de comunicação e que deve ser julgada exclusivamente como tal. Respeitadas algumas regras básicas da Gramática, para evitar os vexames mais gritantes, as outras são dispensáveis. A sintaxe é uma questão de uso, não de princípios. Escrever bem é escrever claro, não necessariamente certo. Por exemplo: dizer “escrever claro” não é certo mas é claro, certo? O importante é comunicar. (E quando possível surpreender, iluminar, divertir, mover… Mas aí entramos na área do talento, que também não tem nada a ver com Gramática.) A Gramática é o esqueleto da língua. Só predomina nas línguas mortas, e aí é de interesse restrito a necrólogos e professores de Latim, gente em geral pouco comunicativa. Aquela sombria gravidade que a gente nota nas fotografias em grupo dos membros da Academia Brasileira de Letras é de reprovação pelo Português ainda estar vivo. Eles só estão esperando, fardados, que o Português morra para poderem carregar o caixão e escrever sua autópsia definitiva. É o esqueleto que nos traz de pé, certo, mas ele não informa nada, como a Gramática é a estrutura da língua mas sozinha não diz nada, não tem futuro. As múmias conversam entre si em Gramática pura.
Claro que eu não disse isso tudo para meus entrevistadores. E adverti que minha implicância com a Gramática na certa se devia à minha pouca intimidade com ela. Sempre fui péssimo em Português. Mas – isso eu disse – vejam vocês, a intimidade com a Gramática é tão indispensável que eu ganho a vida escrevendo, apesar da minha total inocência na matéria. Sou um gigolô das palavras. Vivo às suas custas. E tenho com elas exemplar conduta de um cáften profissional. Abuso delas. Só uso as que eu conheço, as desconhecidas são perigosas e potencialmente traiçoeiras. Exijo submissão. Não raro, peço delas flexões inomináveis para satisfazer um gosto passageiro. Maltrato-as, sem dúvida. E jamais me deixo dominar por elas. Não me meto na sua vida particular. Não me interessa seu passado, suas origens, sua família nem o que outros já fizeram com elas. Se bem que não tenho o mínimo escrúpulo em roubá-las de outro, quando acho que vou ganhar com isto. As palavras, afinal, vivem na boca do povo. São faladíssimas. Algumas são de baixíssimo calão. Não merecem o mínimo respeito.
Um escritor que passasse a respeitar a intimidade gramatical das suas palavras seria tão ineficiente quanto um gigolô que se apaixonasse pelo seu plantel. Acabaria tratando-as com a deferência de um namorado ou a tediosa formalidade de um marido. A palavra seria a sua patroa! Com que cuidados, com que temores e obséquios ele consentiria em sair com elas em público, alvo da impiedosa atenção dos lexicógrafos, etimologistas e colegas. Acabaria impotente, incapaz de uma conjunção. A Gramática precisa apanhar todos os dias pra saber quem é que manda.”
TweetarNaquela noite, o então ministro da cultura, Michel Teló, pontuava alguns dos marcos de sua carreira, como o reconhecimento internacional e o título de maior brasileiro de todos os tempos (embora tenha omitido o fato de ter ficado na 72ª colocação).
O discurso preparava o terreno para anunciar seu mais novo projeto social, em parceria com o governo federal. O “Eu te amo e open bar para todos” garantiria a inclusão de cachaça (agora patrimônio histórico e cultural do Brasil) e Viagra na cesta básica e acesso a esses itens para famílias que recebessem até um salário mínimo.
Nada disso me importava nesse momento, precisava terminar o texto ainda hoje. Peguei o controle remoto e passei pelo canal do tempo, passei pelo Big Brother International, Big Bother Macaé (esses regionais não me interessavam a princípio, mas cresciam muito recentemente), Big Brother GLBT, Big Brother dos famosos, Big Brother Retrô, Big Brother Cult até chegar ao Big Brother 365, a grande competição que duraria até o fim do ano e mobilizava a maior audiência.
Precisava fazer a resenha do capítulo e publicá-la tão logo a edição acabasse. A maior e mais importante publicação do país, a Revista EGO, e seus leitores, não poderiam esperar. Para ganhar agilidade, o segredo era escrever à medida que as coisas iam acontecendo. Se acabasse cedo, poderia até adiantar um freela de criação de memes.
O problema era a nova reforma ortográfica, proposta por Tiririca, então ministro da educação, e sancionada pela presidência da república. Boa parte das consoantes havia sido cortada do português brasileiro e isso ainda me causava dificuldades de adaptação. Era o que alguns antigos chamavam de “axeízação do alfabeto”.
Fui salvo pelo mais eficaz dos efeitos estimulantes, a pressão do último momento, o fim do prazo. Escrevi a matéria rapidamente (que não deveria ultrapassar 70 caracteres segundo as normas de boas práticas na internet móvel. Ninguém lia mais que isso) e toquei meu indicador engordurado sobre o botão “publicar” sob o vidro do visor.
Auê até amanhecê. Auê e fuzuê. - E aí, ai ai ui ui! - Af, é o ó. Oi, oi, oi. Oi, oi, oi.
Robervaldo (pseudônimo para preservar a identidade da fonte)
é um homem que já teve o emprego que muitos homens gostariam de ter. Robervaldo
é ex-ator de filme pornô. Ao longo (um dos pré-requisitos para o cargo) de sua
carreira, Robervaldo gozou de inúmeros benefícios que o setor proporcionava. Robervaldo
transou em pé, transou deitado, de lado, inclinado, em público em feiras eróticas,
em gravidade zero e de baixo d’água.
Atuou como jardineiro, policial, bombeiro, chefe de
escritório, mas se divertia mesmo interpretando entregadores de pizza, pois
tentava fazer um sotaque italiano que aprendeu assistindo “O Rei do Gado”. Fez
ménage, fez com Monange, fez com Solange e mais uma, e mais duas.
Logo, viu-se numa certa idade que o obrigaria a aposentar-se.
Mesmo conseguindo realizar todas as fantasias sexuais possíveis, Robervaldo
continuava a sentir um vazio existencial, e constatou que o sentido da vida não
era esse. Estava cansado daquela vida, queria buscar algo novo, algo que nunca
tivera a chance de experimentar, algo que fizesse a vida valer a pena. Mas
depois de tanto sexo, poucas coisas pareciam excitantes ou estimulantes novamente.
Pensou em se suicidar.
Num ato de desespero, mandou um vídeo para participar da
vigésima segunda edição do BBB. Em outro ato de desespero, Boninho achou que
colocá-lo na casa seria a solução definitiva para tentar fazer com que o
programa voltasse a medir o mesmo índice no Ibope das primeiras edições e para
que finalmente rolasse relações explícitas, tal qual nas versões europeias do Big
Brother. Isso era algo que Boni sempre sonhou e tentou estimular de todas as
maneiras possíveis, mas nunca conseguiu.
Robervaldo, porém, teve uma visão inspiradora e resolveu
virar pastor. Na casa, pregava contra as impurezas do mundo e tentava converter
os outros participantes, na tentativa de conseguir que lhe fossem doadas
algumas Estalecas.
Irritado, Boninho edita todos os programas para exibir
apenas declarações controversas e polêmicas de Robervaldo, que logo é
eliminado. Por contrato, é obrigado a ficar participando do programa da Ana
Maria, Faustão, Vídeo Show, e sua carreira é abordada exaustivamente pela Sônia
Abrão e fotos de ele atravessando a rua ou indo à praia são postadas
diariamente no EGO. Suicida-se.
Na tentativa de aliviar o estresse, Boninho abre seu
notebook e desabafa no Twitter. Vira Trending Topic. Ao ser informado sobre o
feito, resolve conferir a lista de assuntos mais comentados e nota que hoje é #Lingerieday.
Vi que vão tirar o site do Millôr do ar em breve. Quando isso acontecer, você não vai mais ter acesso a genialidades como essa:
Poesia Matemática
Às folhas tantas do livro matemático um Quociente apaixonou-se um dia doidamente por uma Incógnita. Olhou-a com seu olhar inumerável e viu-a, do Ápice à Base, uma figura ímpar: olhos rombóides, boca trapezóide, corpo octogonal, seios esferóides. Fez da sua uma vida paralela à dela até que se encontraram no infinito. "Quem és tu?", indagou ele em ânsia radical. "Sou a soma do quadrado dos catetos. Mas pode me chamar de Hipotenusa." E de falarem descobriram que eram (o que em aritmética corresponde a almas irmãs) primos entre si. E assim se amaram ao quadrado da velocidade da luz numa sexta potenciação traçando ao sabor do momento e da paixão retas, curvas, círculos e linhas sinoidais nos jardins da quarta dimensão. Escandalizaram os ortodoxos das fórmulas euclidianas e os exegetas do Universo Finito. Romperam convenções newtonianas e pitagóricas. E enfim resolveram se casar, constituir um lar, mais que um lar, um perpendicular.Convidaram para padrinhos o Poliedro e a Bissetriz. E fizeram planos, equações e diagramas para o futuro sonhando com uma felicidade integral e diferencial. E se casaram e tiveram uma secante e três cones muito engraçadinhos. E foram felizes até aquele dia em que tudo vira afinal monotonia. Foi então que surgiu O Máximo Divisor Comum Freqüentador de círculos concêntricos, viciosos. Ofereceu-lhe, a ela, uma grandeza absoluta e reduziu-a a um denominador comum. Ele, Quociente, percebeu que com ela não formava mais um todo, uma unidade. Era o triângulo, Tanto chamado amoroso. Desse problema ela era uma fração, a mais ordinária. Mas foi então que Einstein descobriu a Relatividade e tudo que era espúrio passou a ser moralidade como aliás em qualquer sociedade.
Você paga um preço absurdo por um óculos desconfortável e, no fim das contas, não percebe grande diferença. Além de não notar o efeito 3D em praticamente todo o filme, a projeção ainda costuma ser escura e as legendas são um saco para ler. A experiência acaba sendo frustrante.
Depois de me sentir enganado várias vezes, resolvi que não mais assistiria a filmes em 3D. O preço está cada vez mais absurdo e acabo saindo da sala com a sensação de que fui roubado. E quando o filme é convertido (não foi filmado diretamente em 3D)? Fica uma porcaria sem tamanho. Penso que deveria ser lei que no cartaz de cada filme indicasse se o filme é uma conversão ou não.
- Cadê o 3D? Penso comigo mesmo após vários filmes
- Você viu algo em 3D? Costuma questionar minha namorada sempre que termina a sessão.
Após passar por isso repetidamente, estava resolvido. Não vou mais assistir a filmes 3D.
Pensei que esse fosse um pensamento somente meu, pois se no começo havia um ou outro filme em 3D que estreavam muito de vez em quando, hoje em dia eles existem aos milhares, praticamente qualquer filme lançado tem a opção em 3D. O problema deve ser comigo então, pensei. Até que, hoje, acabei encontrando um artigo na internet e vi que não estava sozinho.
Quem sabe em 2015 a situação não esteja melhor
Em "Por que filme em 3D são um desperdício de dinheiro", Roger Cheng, da CNET, abre seu texto dizendo que, em vez de um banquete para os olhos, o que você experimenta é uma profunda sensação de desapontamento. Em seguida, explica o motivo de ficarmos tão frustados: os estúdios são medrosos e conservadores.
Segundo Cheng, 4% da largura da tela pode ser usada para causar a sensação de profundidade. Com 2% já se obtém um efeito decente. Porém, a maioria dos filmes utiliza cerca de 0,5%, o que é quase imperceptível para as pessoas.
E sabe o porquê desta prática? Os estúdios temem rejeição por parte do público. Os antigos filmes, lembra Cheng, utilizavam efeitos tridimensionais muito mais dramáticos. Lembro-me de quando fui ver "A Lenda de Beowulf" e desde o logo inicial até o fim dos créditos havia algo vindo em minha direção. Era a época do 3D moleque em que as pessoas ao seu lado estendiam as mãos para frente e tentavam agarrar os objetos com um sorriso infantil estampado no rosto. Só que isso incomodava algumas pessoas. Muita gente reclamava que esses filmes causavam dor de cabeça, tontura, desconforto visual. A solução: pessoal, vamos maneirar nesses efeitos, vamos maneirar MUITO! A ponto de torná-los quase inexistentes.
A boa notícia é que uma tecnologia nova, que tende a se tornar padrão na indústria, chamada 3ality, elimina o problema de desconforto que algumas pessoas sentem e ainda permite aos cineastas filmar normalmente, como se fosse uma câmera normal, sem que eles tenham que ficar ajustando lentes ou aprender novas maneiras de filmar.
Só que há ainda outro motivo: os cinemas precisam lotar as salas. Poltronas vazias significa prejuízo. E um efeito de profundidade 3D maior, exigiria que as pessoas ficassem mais afastadas da tela. Logo, os cinemas não poderiam vender lugares nas duas primeiras fileiras. E quem quer perder duas fileiras de lucro?
Ainda existe esperança, porém. O CEO da 3ality, Steve Schklair, afirma que em "O Hobbit", primeiro filme a utilizar a tecnologia, Peter Jackson conseguiu utilizar os benefícios da câmera para criar cenas bem interessantes em 3D (não que o filme já não tivesse hype o suficiente). Ele diz também que o filme "The Great Gatsby", com Leonardo Di Caprio, segue o mesmo caminho.
De posse dessas informações, resolvi que darei uma chance ao 3D com O Hobbit. Mas isso só no fim do ano. Até lá ninguém vai roubar meu suado dinheirinho.
O quinto livro da saga Crônicas de gelo e fogo (A Song of ice and fire), A Dança dos Dragões (A Dance with Dragons), já é mais empolgante que o antecessor, O Festim dos Corvos, simplesmente porque os personagens mais legais estão de volta. Você já abre o livro com a sensação de "mal posso esperar para saber o que vai acontecer com Jon Snow, Tyrion e Daenerys." Todos os personagens queridos que não estavam em "Festim" estão em "Dança" e apesar da empolgação, há muitos momentos chatos também.
Este livro traz coisas inusitadas: pela primeira vez na saga, os capítulos do Bran são interessantes. Arrisco até mesmo dizer que as melhores partes do livro são do Bran. E quando se chega no clímax da história dele, ué? Cadê, acabaram os capítulos, não tem mais Bran até o fim do livro. P#%#@, Martin!
Já que falei em Martin, após cinco livros enormes dele, você percebe alguns padrões que ele usa na saga, Por exemplo, sempre tem um personagem que ele pega para fazer um filler do tipo "personagem vai ficar indo de cidade em cidade em busca de alguma coisa só para encher linguiça e engrossar o livro". No segundo livro é a Arya, que fica fugindo de lugar em lugar. No terceiro, é Bran, dono dos capítulos mais chatos do melhor livro, que fica viajando em busca do corvo de três olhos e praticamente nada acontece até ele chegar perto da muralha. No quarto livro temos Brienne, que ganha capítulos próprios só para assumir o papel de personagem filler e ficar procurando por Sansa o livro inteiro. E depois de SEIS anos de espera, Martin resolve pegar o personagem favorito de boa parte dos fãs para assumir o filler da vez? Sim, meu caro, Tyrion vai passar boa parte do início do livro andando de barquinho para lá e para cá. A sorte é que Martin escreve absurdamente bem e consegue fazer um filler divertido. Mas mesmo assim, P#%#@, Martin!
Os capítulos de Dany também demoram a engrenar e tornam-se repetitivos e cansativos, mas pelo menos, é dela o capítulo mais empolgante, na minha opinião, de todo o livro. Acho que tanto é a parte mais emocionante que utilizaram a cena para a capa da futura versão brasileira, que deve ser lançada no segundo semestre de 2012, pela editora Leya.
De resto, Jon Snow tem bons capítulos, você fica em constante tensão por não ter certeza se ele está sendo um líder visionário demais ou fazendo a maior cagada do mundo, mas não chegam perto daqueles de "A tormenta de espadas". E há personagens novos também, que me incomodaram bastante. Um deles serve para fazer o que Martin mais gosta: criar expectivas no leitor sobre os rumos que a história pode tomara se o personagem alcançar seu objetivo e depois acabar com toda essa expectativa. Praticamente o mesmo que ele fez com Drogo, no primeiro livro. O segundo personagem me irritou mais, porque ele tem uma importância muito grande e parece que ou estava sendo "escondido" pelo autor ou ele teve uma ideia mirabolante durante os 6 anos que passou bolando o livro e resolveu colocar o cara para fazer um mega twist na história. Fiquei com aquela sensação de quando o assassino só aparece no final do filme, não era ninguém que já estava na história antes e você fica com cara de tacho porque estava juntando as pistas para tentar descobrir quem era.
Quem aprendeu a odiar a Cersei Lannister durante a saga vai se deliciar com este livro. Aparentemente, todo personagem de Martin tem um ciclo, e este ciclo sempre inclui a fase "comendo o pão que o diabo amassou". Finalmante chegou essa parte no ciclo de Cersei. Os capítulos de Arya, que muita gente diz que parece estar totalmente deslocado do resto da história, me agradam, e acho que a garota vai ser uma assassina/espiã promissora no futuro. E, finalmente, há personagens menores que não me interessam tanto, como o pessoal das Ilhas de Ferro, que surge como uma nova ameaça.
Há também uma sensação "Lost" de que há muitos mistérios sendo acumulados e quase nada sendo explicado. Se você está louco para entender alguns dos grandes mistérios e coisas sem explicações dos livros anteriores, pode tirar o cavalinho da chuva. Martin não aborda praticamente nenhum deles.
O epilógo, de novo, apresenta uma daquelas reviravoltas que faz você ficar maluco e resgata um personagem que andava meio apagado. Ele é fdp? Ele é fodão? Ele é as duas coisas.
Se você nunca leu a série e tem medo de livros grandes, prefira o gibi da Turma da Mônica Jovem. Se você nunca leu mas gosta de ler, leia agora, está perdendo uma história sensacional. Se não se aguenta de curiosidade pelo quinto livro e quer ter um gostinho, minha dica é visitar o site da editora de Portugal e baixar as 100 primeiras páginas que eles disponibilizam =)
Meu Ranking:
A Guerra dos Tronos > A Tormenta de Espadas > A Dança dos Dragões > A Fúria dos Reis > O Festim dos Corvos
Matéria do site Mashable concorda em praticamente tudo com meu artigo sobre virais
Quando "para nossa alegria" começou a ser compartilhado por duas a cada três pessoas no meu Facebook, fiz um post que buscava responder à pergunta lançada por uma amiga: qualquer besteira pode se tornar viral?
Por coincidência, logo depois, o site Mashable, um dos mais conhecidos sobre tecnologia, internet e redes sociais publicou um artigo semelhante. Para minha surpresa, as conclusões foram bastante semelhantes às minhas.
Para o artigo, o pessoal do Mashable consultou a agência Seedwell, especializada na criação e distribuição de vídeos com potencial viral. Foram ouvidos os chefes de estratégia, negócios e produção (Peter Furia, Beau Lewis and David Fine, respectivamente).
A matéria do Mashable segue o formato de entrevista ping-pong (perguntas e respostas) e aborda alguns dos pontos que eu tinha levantando no meu artigo. Confira alguns dos principais pontos da entrevista que destaco abaixo:
Há algo em comum entre todos os virais?
Desempenho: Lewis propõe que video viral é aquele que obtém desempenho de cerca de 10.000 visualizações e 1.000 compartilhamentos em 24 horas.Um vídeo com impressionante número de visualizações, compartilhamentos e curva de crescimento.
Temas: A maioria dos vídeos cai em um das categorias:
1- paródia de algo popular ou oportuno.
2 – muito fofinho oooooowwwwwn ti guti-guti!
3 – Será que isso é real (normalmente não é).
Estrutura: o vídeo começa surpreendendo o espectador, não interfere muito anunciando o produto e cria uma montanha russa de emoções. As pessoas estão assistindo a vídeos mais longos, mas o nível de atenção parece estar diminuindo, por isso, o vídeo precisa reconquistar a atenção da audiência constantemente.
Formadores de opinião: A maioria dos vídeos virais começa a se espalhar depois de serem descobertos por formadores de opinião (tatemakers) e pessoas com grande influência no ambiente digital. São pessoas que possuem uma audiência fiel do tamanho da audiência de alguns canais de TV a cabo, por exemplo.
Este ponto é o que meu artigo e a matéria do Mashable mais concordam. Não adianta o vídeo ser legal o suficiente. Ele precisa ser visto por alguma celebridade digital que terá o poder de divulgá-lo para um número absurdo de pessoas e influenciá-los a passar o vídeo adiante. É por isso que existe “Para nossa alegria” fazendo tanto sucesso e milhares de outras besteiras que não alcançam os 100 views.
O que faz as pessoas clicarem nos vídeos?
Furia destaca alguns fatores que contribuem para que desavisados sintam-se motivados a clicar em um desses vídeos ao abrir a home do Youtube, por exemplo.
Thumbnail ( a imagem miniatura que aparece no vídeo estático, antes do play) e o título do vídeo devem ser chamativos. Curadoria – as pessoas tendem a clicar em vídeos que já viram amigos ou blogs que elas acompanham compartilharem (por exemplo, o cara já viu 10 amigos compartilhando “para nossa alegria” mas não assistiu. Entra no Youtube e vê o vídeo lá, não resiste à curiosidade e clica).
Em alguns casos, algumas das mais influentes celebridades do Youtube, Twitter e blogueiros têm o poder de viralizar um vídeo simplesmente ao postá-lo e compartilhá-lo com sua audiência absurdamente grande.
Há também o fator psicológico sobre vídeos já populares. Se você vê que um vídeo tem mais de 100.000 visualizações, automaticamente pensa que deve ser bom.
O que as pessoas estão compartilhando mais? Existe uma diferença no tipo de conteúdo que atrai mais cliques e aquele que faz as pessoas compartilharem?
A maioria das pessoas vai somente assistir o vídeo e depois fechá-lo. Se eles decidem compartilhar, provavelmente é porque:
- querem dividir o divertimento que tiveram ao assistir aquele vídeo com outras pessoas ( o altruísta).
- querem ser vistos compartilhando ou criticando aquele vídeo (o egocêntrico).
O primeiro perfil costuma utilizar frases como “Cara, esse vídeo é demais, olha só!”. Enquanto o segundo perfil costuma usar a abordagem “Será que qualquer besteira pode se tornar viral hoje em dia?” (Puts!). É surpreendente a quantidade de gente que posta coisas que dizem detestar.
Por que a Seedweel enfatiza que não é uma agência?
Nosso objetivo é fazer vídeos que façam as pessoas sorrirem e não vender batatas ou shampoo. Somos muito paranóicos ao acreditar que no momento em esquecermos disso, vamos fazer vídeos que ninguém vai querer compartilhar. É aí que perderemos a relevância, tanto para os espectadores quanto para (ironicamente) os anunciantes.
Vocês simplesmente criam um vídeo e esperam que ele espalhe? Ou vocês planejam para que ele tenha potencial viral? Compartilhem algumas dicas!
Só a uma certeza no mundo dos virais: não dá para ter certeza se algo será viralizado. Com isso em mente, eis algumas dicas:
1 – comece por um conceito atraente: Seu conceito deve ser atual e relevante (de preferência ambos). O mundo do vídeo online dá preferência às novidades, coisas inesperadas e relevantes. É um mundo em que tendências envelhecem rapidamente. Se você pretende falar sobre algo que já não é novidade, melhor oferecer uma perspectiva criativa e diferente sobre o assunto.
Alternativamente, você pode mostrar algo peculiar ou sensacional. As pessoas compartilham vídeos que mostram demonstrações físicas ou mentais impressionantes, ou algo que seja hilário, esquisito ou inusitado.
2 – Otimize o conteúdo para audiência online - Apesar de algumas exceções, a maioria dos vídeos que viralizam são de curta duração e transmitem o assunto do vídeo nos primeiros 15 a 30 segundos iniciais.
3- Faça com que seu conteúdo chegue nos principais meios de imprensa e formadores de opinião -
O mundo dos vídeos online está saturado ( o Youtube recebe 24 horas de conteúdo a cada minuto!) e é difícil se destacar de todo o ruído, mesmo que você tenha um conceito atraente e seu vídeo esteja otimizado para a internet.
Fazer com que seu vídeo seja compartilhado por influenciadores com grande audiência é fundamental. Enquanto muitas celebridades são inundadas por emails frios e sem graça de assessoria de imprensa, muitas têm interesse em estar entre as primeiras pessoas a compartilhar um vídeo “quente”, principalmente se o assunto for de interesse de seu público.
Identifique os formadores de opinião com grande audiência para os quais seu conteúdo é interessante e compartilhe o link do seu vídeo com eles, junto com um texto explicando por que eles deveriam assistir. Eles costumam ler tweets e emails, mas apenas respondem quando se interessam em postar o conteúdo que você divulgou.
Também foi identificado que matérias em mídias tradicionais (jornais, revistas e seus sites) têm menor impacto em vídeos do que posts em blogs dedicados a determinados assuntos e celebridades do Youtube ou Twitter (que possuem audiência menor que jornais e revistas). Isso porque geralmente essas pessoas utilizam plataformas mais amigáveis e que permitem que o conteúdo seja compartilhado mais facilmente e seus seguidores estão mais familiarizados com a tecnologia.
Por fim, há o recurso de pagar para se promover. Você pode divulgar seu vídeo no Youtube (diversos formatos de vídeos promovidos) e no Facebook (Facebook Ads).
Volto do feriado estadual (no RJ) e em apenas dois dias descubro que acharam a mulher com o rosto mais simétrico da Inglaterra. Na Rússia, a mulher mais parecida com a Barbie está se promovendo na internet e nos EUA foi eleita a mulher mais bonita do mundo. Fui bombardeado por uma série de notícias com um tema em comum: beleza.
Ontem, vi a notícia de que uma estudante inglesa, Florence Colgate, foi eleita, entre cerca de 8.000 concorrentes, a mulher com o rosto mais bonito da Inglaterra. O interessante é os critérios de julgamento foram mais racionais que subjetivos, utilizando padrões matemáticos. Além disso, o concurso não admitiu a participação de mulheres que tivessem feito
cirurgias plásticas, as candidatas não poderiam usar maquiagem.
A garota possui simetria facial surpreendente, os lados do rosto são praticamente idênticos ( a gente não percebe normalmente, mas um lado do nosso rosto costuma ser diferente do outro, tanto que algumas pessoas preferem ser fotografadas somente do lado mais favorecido). Além disso, o rosto dela segue proporções consideradas por artistas, como Leonardo da Vinci, matematicamente perfeitas: a distância entre as suas duas pupilas segue o padrão 2:1, e a diferença entre a posição dos olhos e da boca é pouco menos de um terço da distância da sua linha do cabelo até o queixo.
Já hoje, eu conheci a russa que está fazendo sucesso na internet por ser "A Barbie da vida real". A modelo de 21 anos,Valeria Lukyanova, é bizzaramente igual à boneca. Ela afirma que trata-se apenas de maquiagem, e que não usa Photoshop nas fotos nem fez cirurgia plástica para ficar com o rosto e o corpo tão parecido com a boneca Barbie. É claro que as imagens sugerem exatamente o contrário, já que aquela cintura e o formato do rosto são surreais demais para serem naturais. Com isso, ela conseguiu o buzz que queria, a discussão tomou conta da rede e, talvez por falta de pauta, a garota foi parar no Bom dia Brasil desta manhã.
Para completar, hoje também foi divulgado que a cantora Beyoncé foi eleita a mulher mais bonita do mundo pela revista de celebridades People.
Bem, aí uma mulher padrão recebe, em um curto espaço de tempo, tantas notícias envolvendo mulheres magras, altas, famosas, bonecas humanas, de proporções perfeitas. Se essa mulher não tiver uma auto-estima muito alta, como ela vai se sentir? Não muito bem, eu diria. Que tipo de referência e padrão de beleza ela vai querer perseguir? Vai querer fazer cirurgia para corrigir o nariz que é grande demais, o seio que é pequeno demais, vai fazer lipo, entrar na dieta milagrosa, tomar remédio milagroso, tentar alcançar um padrão que existe em meia dúzia de pessoas no mundo inteiro?
Curiosamente, nesta mesma semana vi mais uma campanha da Dove, que há muito tempo investe em um tipo de comunicação diferente daquele que é praticado pela indústria da beleza. A Dove resolveu valorizar a auto-estima feminina e começou sua campanha pela "real beleza", fazer as mulheres se aceitarem e se acharem belas como são, sem a necessidade de um corpo plasticamente ou matematicamente perfeito.
A ideia da nova campanha, intitulada "Propagandas do bem" é substituir os anúncios do Facebook sobre beleza, como descontos em cirurgias plásticas, remédios para emagrecimento, fórmulas mágicas para reduzir medidas e implantes de silicone, por mensagens que ajudam a levantar a auto-estima feminina. Veja o vídeo para entender como funciona.
Para participar, basta acessar o aplicativo do Facebook, selecionar uma das mensagens disponíveis e publicar. No lugar de uma propaganda de creme anti-rugas, a mulher vai ver um anúncios com frases que elas adoram, por exemplo "Como você está bonita hoje" "Você já nasceu com o look que combina com você" "Suas medidas estão sempre na medida" e "Chegou a hora de curtir algo mais no Facebook: você mesma".
Coincidentemente, essa semana também terminei o livro "Marketing 3.0" do Philip Kotler, autor que consta na bibliografia básica de qualquer curso de Administração e Marketing. Segundo Kotler, para se diferenciar, já não basta mais entender e satisfazer as necessidades do consumidor. É preciso entender o consumidor em sua plenitude (seus valores, preocupações, atitudes, crenças) e junto com consumidores, empregados, acionistas e toda a comunidade em torno da empresa, estabelecer práticas e valores que façam o mundo melhor.
É o tipo de visão que a Dove parece seguir, ao meu ver. Enquanto toda a indústria de beleza vende ao fazer a mulher se sentir mal, criando produtos para que as mulheres tentem se aproximar de um modelo inatingível e passem a vida tentando alcançar aquele padrão, a Dove se diferencia e vende ao fazer a mulher se sentir bem. A Dove se apegou ao valor "promover a melhora da auto-estima feminina"e incorpora esses valores em sua comunicação e práticas empresariais.
É um posicionamento consistente, que começou com o vídeo "Evolution" que mostrava a manipulação de fotos que produzem mulheres perfeitas nas revistas e anúncios de cosméticos. Depois, passou a usar modelos que se aproximavam à mulheres do mundo real em seus anúncios.
Quando eu estava trabalhando como jornalista, conversei com a gerente da Dove no Brasil, Fernanda Conejo, que me contou que a marca também promovia um programa pela auto-estima em escolas, com 600 crianças de terceira a oitava série. Segundo Fernanda:
“Neste caso, o retorno comercial é uma consequência do processo e não o seu fim. A intenção é estar cada vez mais próxima das mulheres, gerando lealdade e fidelização. Os atuais padrões de beleza são limitadores e estabelecem uma perfeição praticamente inatingível. As pessoas têm tamanhos, formas e aparências diferentes, porém todas têm sua beleza. Dove quer celebrar a beleza real de cada mulher"
Para finalizar o testamento:
Escrevi essa bíblia toda por, após ver tanta notícia sobre beleza em apenas dois dias, me dar conta do quanto as mulheres podem sofrer e ficar com a auto-estima abalada. O vídeo "Propagandas do bem" informa que apenas 4% das mulheres se acham bonitas, só 4%. Isso mexeu comigo, poxa, vamos dar um jeito de levantar essa bola, meninas!
Posso afirmar que uma mulher que é apenas muito bonita, só nos desperta o desejo carnal de possuí-la e absolutamente nada mais. Uma mulher que é simpática, brincalhona, inteligente, que gosta discutir bons filmes e boa música, que é companheira para todas as horas, ah, essa mulher faz com que a gente queira estar sempre próximo, faz com que sua companhia seja querida e que sua ausência seja sentida, essa mulher ocupa espaço em nossa mente, em nossos corações. A beleza não dura para sempre, ninguém vai ter a pele de 15 anos e os seios firmes e empinados para sempre, mas a personalidade se carrega para a vida toda. E, sabe, quando a personalidade é tão agradável, a gente até esquece de reparar nas imperfeições do corpo.
Não precisa ser relaxada, mulher sabe se cuidar, mas não faça disso uma paranoia. Ao invés disso, procure conhecer pessoas, conhecer ideias novas, correr atrás dos sonhos e conquistá-los com sua própria força. Nunca vi ninguém ser cativado somente pela beleza de outra pessoa, a gente é cativado pelos valores em comum, pelas ideias, pela forma de ver o mundo e de agir do outro. E quando cativamos alguém ou somos cativados é que nos tornamos únicos no mundo, quando sabemos que tem alguém que se importa com a gente.
O trânsito lento, as retenções e os engarrafamentos surgiram no séc. XIX, em São Paulo. Cinquenta anos depois, foi reconhecido como patrimônio cultural daquela região. Desde então, os paulistanos se empenham em fortalecer sua cultura batendo recordes anuais de congestionamentos e definindo novas metas de lentidão.
Droga de trânsito!
O Rio de Janeiro, rival tradicional de São Paulo, sentindo-se atrasado, também resolveu incorporar este hábito expoente da modernidade e intimamente inspirado pela primeira lei de Newton, aquela que diz que um veículo parado num engarrafamento tende a permanecer eternamente lá.
Newton, após atrasar-se para uma reunião em São Paulo, afirmou também que o tempo (t) parado em um congestionamento é diretamente proporcional a quantidade de buzinadas (b) por segundo e inversamente proporcional à paciência (p) do motorista.
Pois bem, o trânsito contemporâneo é o resultado de um grande número de pessoas querendo se deslocar para determinados locais ao mesmo tempo utilizando-se, para sua locomoção, de veículos que não foram feitos para comportar um grande número de pessoas. Em outras palavras, gente demais dentro de carros que ocupam espaço demais e transportam pessoas de menos.
Soluções para essa praga do cotidiano:
Tenho três soluções práticas para diminuir os congestionamentos das grandes cidades, duas delas de caráter político-legal e uma de cunho empreendedor.
Como legislador ou líder fascista, decretaria as seguintes leis:
1- Fica estabelecida a multa de 25 salários mínimos para aquele que provocar acidentes de trânsitos em função de desatenção ou condução imprudente comprovado por perícia.
Defesa: muitas vezes grandes congestionamentos são provocados por motoristas desatentos que fazem merda no trânsito. Com a ameaça da multa absurda, os motoristas manteriam os esfíncteres tão contraídos que a atenção estaria sempre redobradas. A multa seria aplicada somente após o laudo da perícia comprovar a culpa do motorista. Se o motorista em questão presta serviços a empresas exploradoras e causou o acidente por estar há 4 dias sem dormir, a multa será cobrada das empresas.
2 - Veículos trafegando com apenas um passageiro em horário comercial e horário de rush serão multados em valores abusivos e terão o IPVA triplicado.
Defesa: Como dito anteriormente, muitos carros com poucas pessoas ocupam uma grande área nas estradas, e consequentemente causando a lentidão que tanto irrita e joga fora preciosas horas das nossas já curtas vidas. Essa proposta obrigaria as pessoas a colocarem mais gente nos carros e acabar com o individualismo não saudável que destrói a sociedade. Com a lei, as pessoas passariam a oferecer carona aos amigos de trabalho (e a fazer novos amigos).
O dinheiro das multas seria obrigatoriamente investido nas empresas de transporte coletivo, para que quintuplicassem sua frota, instalassem ar-condicionado, rede wi-fi e bancos de couro reclináveis.
Essa ideia só não daria certo porque a primeira coisa que fariam era dar um jeito de desviar o dinheiro das multas para fins pessoais.
Solução empreendedora:
Coletivo de luxo Ônibus exclusivo com serviço de bordo diferenciado
Pessoas da classe mérdia alta não gostam da palavra coletivo, pois lembra muita gente junta, aglomeração, suor e cheiro de Axe vencido. Mas se você coloca a palavra "exclusivo", ai eles gostam, mesmo que os lugares exclusivos tenham outras pessoas frequentando, não sendo, por definição, tão exclusivos assim.
Meus ônibus teriam três categorias. A categoria Premium teria tarifa de R$20 e os executivos contariam com poltronas individuais, ar-condicionado, rede wi-fi, massagista (cobrado por fora), todos os jornais do dia e revistas da semana e fones de ouvido com músicas selecionadas. Na parte traseira do ônibus haveria mesas nas quais os executivos workaholic poderiam adiantar o trabalho em seus notebooks e fazer networking com executivos de outras empresas.
As outras categorias seriam intermediária, para aquela galera que tem alguma grana e por isso é metida, e a categoria econômica, para o povo que está na pindaíba.
Meu ônibus teria o mesmo conforto que um carro de passeio, sairia mais barato que a gasolina para se ir trabalhar durante o mês e as pessoas ainda poderiam usar o tempo de deslocamento para fazer qualquer outra coisa já que não precisariam dirigir. Assim, teríamos ônibus na cidade que atenderiam a todas as classes, suas peculiaridades e suas picuinhas com o transporte coletivo, aliviando o congestionamento causado por excesso de carros com uma única pessoa dentro.
Agora só falta arrumar um investidor para por a ideia em prática. Enquanto isso, eu vou pensando em mais soluções mirabolantes para os problemas da vida durante as duas horas diárias que passo em trânsito devido ao trabalho.
Titanic 3D: A história do.. bem, se você ainda não conhece a história até hoje, pule para o próximo filme.
Rever Titanic 15 anos após o lançamento foi uma ótima experiência. Na época do lançamento original eu era muito pirralho para me envolver com a história e não tinha maturidade afetiva o suficiente para me emocionar com o romance.
Bom, é Titanic, o mesmo filme de 15 anos atrás, nada de cenas novas, nada de edição nova. Tudo está do jeito que esteve na época original, inclusive as fungadas e os choros femininos durante a sessão. É pouco mais de 3h de filme que não chega a cansar graças aos personagens bons e situações boas.
Vale a pena ver 3D? Vale a pena ver o filme, é um filme bom. Li em algum lugar que a conversão levou mais de 1 ano para ficar pronta. O resultado eu achei bem satisfatório. Você percebe mais a sensação de profundidade do que em John Carter, Capitão América e Harry Potter, só para citar alguns mais recentes.
Em comparação com esses, é vergonhoso que um filme de 1997 tenha conseguido um 3D melhor que produções de 2011/2012. Isso só mostra como um filme convertido pode ficar bom, só que leva tempo para ficar pronto. E como não faz sentido lançar determinado filme hoje e sua versão 3D um ano depois, acabam saindo essas bombas feitas nas coxas.
O que se vê em Titanic 3D é algo mais próximo a Avatar e Hugo Cabret. Logo na primeira cena o efeito de "camadas" com um elemento de cena mais a frente, um ator mais para o meio e um terceiro elemento na parte de trás já é perceptível. Não espere, porém, nada pulando na sua cara, em uma ou outra cena há um leve efeito de bolhas d'água vindo em direção à tela e uma chuva bacana no final.
NOTA: 8,5
Xingu: Baseado livremente em fatos reais, conta a saga dos irmãos Villas Bôas, três jovens paulistas de classe média que largaram tudo para participar de uma expedição ao Brasil Central em 1940. Naquela época, o interior do país era praticamente desconhecido.
Durante a aventura, fazem contato com os índios que habitavam aquelas terras, envolvem-se com sua cultura e hábitos e lutam para evitar que sejam exterminados ou escravizados por garimpeiros e fazendeiros de olho naquela região. O esforço dos irmãos culmina com a criação do Parque Indígena do Xingu, maior área de biosociodiversidade do mundo. Do primeiro contato à criação do parque, nenhum tiro foi disparado e nenhum índio ferido. Por seus esforços, os irmãos Villas Bôas foram indicados duas vezes ao Prêmio Nobel da Paz.
O filme é centrado quase exclusivamente nos 3 irmãos: Orlando, Cláudio e Leonardo. A fotografia é de tirar o fôlego, João Miguel, que interpreta Cláudio, se destaca, os índios autênticos do Xingu que participam dão um show a parte, a trilha sonora é bem legal e a história emociona.
Eu nunca tinha ouvido falar dessas três figuras antes do filme, e, no final, saí com a sensação de que todo brasileiro deveria conhecer a história dos irmãos Villas Bôas. Deixe o preconceito contra filmes brasileiros em casa. Vá assistir!
NOTA: 8,0 |
Jogos Vorazes (The Hunger Games)
- Baseado no livro homônimo de Suzanne Collins
Num futuro distópico, 12 distritos se rebelaram contra a Capital, perderam a guerra e agora, a cada ano, devem pagar tributo como forma de submissão. A "taxa" em questão são dois jovens de cada distrito que serão participantes de uma espécie de reality show chamado "Jogos Vorazes". Todos os jovens são largados em um campo e o último que sair vivo de lá ganha.
O filme é bom, só por evitar o romancezinho barato que 90% dos filmes do mundo têm já merece pontos. Até há romance aqui, mas apresentado de uma forma que não deixa claro se o sentimento é real ou apenas parte do jogo. Acompanhamos os eventos sob os olhos de Katniss Everdeen, uma jovem de 16 anos.
O tempo que leva até os jogos começarem de fato, me incomodou um pouco. Incomodou também não saber mais sobre a tal guerra que levou os distritos a tamanha submissão e me incomodou, bastante, o fato de não terem explorado a ideia dos patrocinadores do jogo. Senti falta de, quando Katniss recebe uma pomada para curar suas feridas de um dos patrocinadores, por exemplo, o patrocinador aproveitar para promover seu produto e o filme mostrar seu interesse comercial por trás daquela ajuda.
Incomodou, principalmente, a ideia de os produtores do jogo serem capaz de criar objetos e animais virtuais e materializá-los no campo de batalha, acho que isso estragou muito do filme para mim por me soar absurdo demais e me tirar do clima, do envolvimento com aquele universo. Isso de fato estragou parte da minha experiência com o filme.
Não me incomodou a ideia dos jogos lembrar Battle Royale, um filme japonês com temática parecida, mas muito mais violento.
Fora isso, apesar de extenso, o ritmo do filme é tão bom que você não sente o tempo passar. A história em si é interessante, mas fica a sensação de que o universo não foi explorado bem o bastante.
Os fatos mais rocambolescos da semana que você não pode deixar de saber:
STF decide, por 8 votos a 2, que aborto em casos de anencefalia (feto sem cérebro) não é crime.
Ministro Marco Aurélio Mello,
relator da ação
Concordei com a decisão e fiquei feliz pelo resultado da votação. Eu acho que é direito da mulher poder decidir o que fazer nesses casos. Para mim, o direito de escolha é fundamental. Se a crença da mulher diz que mesmo nessas condições é errado tirar a vida, que ela possa escolher manter o feto. Se ela deseja interromper a gestação, que lhe seja dado o direito também. Cada indivíduo deve ser dono do próprio corpo e ter o direito de decidir o que fazer com ele, e não o estado.
Aos religiosos que estão criticando, ei, o STF não está obrigando ninguém a nada, está apenas dando o direito de escolha. Quem segue a fé de que não se deve abortar, não vai abortar. Vamos em frente.
E por falar em decisões, leis, polêmicas e afins...
Dilma aprova lei que obriga a flexão de gênero de profissões em diplomas
Agora falando em português, quando uma mulher se formar na faculdade, no diploma dela deverá ter, obrigatoriamente, o nome da profissão no feminino: advogada, médica, psicóloga, etc.
Quem já se formou inclusive pode pedir a reemissão gratuita do diploma com a "correção". E quem está implicando com a lei, deixe de chatice. Que as mulheres tenham seu reconhecimento e valorização, inclusive na flexão de gênero no diploma. A lei já está valendo.
Mas atenção, se você é jornalista e homem, não vai querer pedir para trocar para "jornalisto", hein.
Alegando querer melhorar o serviço de fotos do Facebook e para mostrar que o dinheiro está abundante, Mark Zuckerberg anunciou a compra do aplicativo instagram, espécie de rede social para celulares (iPhone e Android) de fotos com filtros retrôs e efeitos bacanudos.
Logo em seguida, analistas, empresários, curiosos e fofoqueiros puseram-se a debater quais seriam os reais motivos da aquisição. O aplicativo é gratuito, não exibe anúncios e não dá lucro. Uma das teorias mais populares é de que o Facebook precisa melhorar seu aplicativo para celular, que nem função de compartilhar tem. Outros dizem que o próximo passo do Facebook, após dominar a web (segundo site mais acessado da internet) é agora dominar o mercado de smartphones e aplicaticos (alguém lembra de um projeto de celular Facebook que andou circulando por ai há um tempo?).
E a reação do público? Tem gente fazendo backup das fotos para uma possível migração com medo de o tio Zuck estragar o serviço, tem gente desprezando completamente o instagram depois que ele foi disponibilizado para Android, aqueles zés ruelas que falam de "orkutização do instagram" e tem as minorias (tipo eu, e acho que apenas eu) que nunca deu muita bola pro instagram.
Foto de Sonia Abrão de maiô no instagram faz sucesso e vira meme
Eis que você está olhando seu feed do instagram quando, de repente, no meio de um monte de foto de comida passa a Sonia Abrão de maiô. Você pensa: foto de comida metida a besta, comida, comida, mais comida, sobremesa, Sonia Abrão de maiô... peraí!
Aparentemente, quem postou a foto foi o produtor do programa. Na imagem, Sonia aparece em um maiozinho preto, segurando um iPhone antigo e exibindo as pernocas.
A foto não tem nada de mais, mas serviu para tirar Sonia da mediocridade do seu programa e trazê-la para os holofotes da mediocridade da interwebs.
O Não Salvo não perdeu tempo e já criou um meme em cima do caso, o #soniabrãoing. Para participar é só tirar uma foto de maiô preto imitando a pose da Sonia. Quanto mais ridículo pior.
Criador dos Simpsons revela onde fica Springfield
A cidade fictícia do Simpsons é baseada na Springfield de Oregon, perto de Portland.
Todo mundo mais feliz, mais rico e mais bonito agora que sabemos onde encontrar a verdadeira Springfield.
Mas se você for lá procurar o Homer, é capaz de achá-lo um pouco diferente daquele da TV.
Um gênio do marketing (profundo conhecedor dos hábitos e costumes do público ouvinte do rap) teve essa brilhante ideia: lançar um livro contendo as letras de diversas músicas do rapper americano Snoppy Dogg.
Como o público-alvo não deve ser lá muito chegado em leitura, por que não fazer as páginas com material próprio para ser fumado? Para facilitar as coisas, a lateral do livro possui a mesma textura da lateral de caixa de fósforos.
Com certeza vai ser o livro mais lido fumado consumido entre os fãs (do cantor e do fumo).